Ferramenta de liderança jovem: entrevista com Lucas Mendes

A AIESEC e o Itaú tem trabalhado juntos já há algum tempo, com ações de atração de talento jovem (através de employer branding) e com o recrutamento internacional para uma área do banco. Para falar sobre temas ligados à importância da liderança no mercado de trabalho, a AIESEC convidou um dos fundadores do Cubo coworking Itaú, plataforma de fomento ao empreendedorismo digital, Lucas Mendes, Coordenador de Produtos.

1) O que é liderança para você? Quais são suas referências, no Brasil, de liderança?

Liderança é a capacidade de fazer as pessoas escutarem e acreditarem no que o líder fala e, a partir disso agirem.  Vai muito além de um cargo ou posição e tem muito mais a ver com credibilidade, confiança e admiração.

No Brasil acho que temos bons líderes em vários setores: o Bernardinho e  Zé Roberto Guimaraes são grandes líderes nos esportes, o Roberto Setubal, o Pedro Moreira Salles, o Marcel Telles são todos grandes líderes empresarias. Fora do Brasil eu gosto muito do Sir Richard Branson e do Papa Francisco.

2) Atualmente, gerindo sua equipe, qual a importância do empoderamento?

É um tema central para deixar os colaboradores com autonomia para decidirem, gerarem resultado e se enxergarem como os responsáveis pelo resultado do time. No fundo, todo o resultado acontece por meio deles e o empoderamento deve refletir a realidade que os colaboradores são centrais no desempenho do time, tendo o gestor o papel de facilitar o trabalho deles.

3) Quais características relevantes você acredita que o jovem da Geração Y precisa desenvolver para se destacar no mercado de trabalho?

Curiosidade, iniciativa, vontade de aprender e uma certa habilidade/paciência para ler os cenários e construir relacionamentos com as pessoas chave que podem ajudar no desenvolvimento da carreira. No fundo, o que vale mais é se aproximar de pessoas que você admira para aprender com elas e se desenvolver.

4) Como você, enquanto líder, engaja sua equipe?

Tento fazer uma gestão transparente e participativa, compartilhando as decisões com o time e pedindo feedbacks constantes sobre como podemos melhorar. Aqui vale notar que engajamento também é algo que depende muito do interesse de cada um: tem gente que se motiva fácil e isso é ótimo! O ideal é se cercar de pessoas que se engajam com tudo, compartilhar informações/decisões e dar bastante autonomia. Acho que com autonomia e propósito é mais fácil de gerar engajamento e despertar o sentimento de dono.

Lucas Mendes é LL.M. (Mestre em Direito) pela Universidade da Califórnia, Berkeley. Bacharel em Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais. Trabalhou no International Trade Center, órgão das Nações Unidas e OMC, no escritório Campos, Fialho, Canabrava, Borja, Andrade, Salles advogados e na assessoria da presidência do CADE.

processo seletivo para jovens talentos

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