Até certo tempo atrás era pouco comum ver mulheres viajando sozinhas pelo mundo buscando realizar seus sonhos e vontades. Com o passar dos anos, se tornou mais frequente ver uma mulher se tornando independente e tomando as rédeas de sua vida.
Embarcar em uma viagem para qualquer lugar para uma mulher pode ser desafiador, ainda mais sozinha. A cultura patriarcal e machista ainda persiste em muitos países. Não tem nada melhor do que fazer a diferença no mundo através de atitudes, e o intercâmbio voluntário pode te proporcionar isso enquanto você transforma a sua vida. Vem cá que eu vou te contar algo para te inspirar.
Conheça as mulheres que fizeram intercâmbio voluntário
Para te inspirar a fazer seu intercâmbio voluntário, vem conferir a história dessas mulheres que pegaram suas malas e, sozinhas, foram impactar o mundo.
Alissa Miyakawa, Argentina
A jovem de 24 anos, quis explorar a cidade de Rosario, Argentina para fazer seu intercâmbio voluntário em Janeiro de 2020.
“Como já viajei sozinha algumas vezes antes da AIESEC, isso não era uma grande preocupação, apesar de sempre ter aquele frio na barriga já que estava indo para um país que não conhecia e também não havia nenhum conhecido na Argentina”, conta a jovem que escolheu o projeto Trampolim da ODS 10 (Objetivo de Desenvolvimento Sustentável n° 10: Redução das Desigualdades).
Vencendo o frio na barriga, Alissa optou por seu intercâmbio voluntário após se conectar muito com os valores e propostas da AIESEC. Ela conta que se sentiu impactada ao ver as crianças animadas com a presença dos intercambistas e muito curiosas sobre como era o Brasil. “Se aquelas pessoas não têm condições de sair do país, então a gente leva um pouco do mundo para elas”, afirma a jovem.
Taina Nascimento, México
O intercâmbio feito para Puebla, no país mexicano para realizar a ODS 10 durante a pandemia foi uma escolha da jovem de conhecer outras culturas e aprimorar seu espanhol, além de se interessar bastante pela possibilidade de impactar de forma positiva outras pessoas. “Embarquei sozinha na experiência, sem nenhum medo ou empecilhos pois tive total amparo da equipe da AIESEC”, conta a jovem de 21 anos.
Taina escolheu o projeto Alebrije, Exchange of cross-cultural hearts, e se sentiu muito impactada em ajudar as pessoas que faziam parte da ONG. “Em todos os momentos e principalmente na face das crianças e jovens que pude estar auxiliando nesse breve tempo vi o impacto que meu intercâmbio voluntário causava”, encerrou.
Anne Kessa, México
“Eu sempre amei viajar e nunca tive medo, mas pra essa deu aquele friozinho na barriga porque eu sabia que a realidade era outra que eu nunca tinha vivido antes, mas medo não é a palavra certa, creio que coragem seja a palavra certa”, começa Anne que realizou seu intercâmbio Talento Global em novembro de 2020. A jovem de 20 anos queria impactar a indústria de bolos para qual trabalhou na cidade de Puebla da mesma forma que ela sabia que seria impactada com seu intercâmbio.
A intercambista teve seu papel no aumento de entrega diária da empresa e até mesmo em diminuir o desperdício durante a produção dos bolos. “Ao final das 8 semanas nós tivemos um novo produto e mesmo com paladares e culturas diferentes, afinal era um produto que venderia muito bem aqui no Brasil, ele foi aprovado, e eu confesso que eu até choro de emoção só por lembrar daquele momento porque quando eu embarquei naquele avião de volta eu embarquei com um sentimento de DEVER CUMPRIDO!”, afirma emocionada.
Rebeca Janes, Peru
Em fevereiro de 2019, ela foi para a cidade peruana Chicayo, juntando a ODS 4 (Redução das Desigualdades) e a ODS 5 (Igualdade de Gênero) , com os projetos Learning e Empower, respectivamente. A decisão de fazer um intercâmbio voluntário sempre esteve na vida de Rebeca, e ela queria lutar pela causa da igualdade de gênero e conhecer outras culturas. “Viajei sozinha, desde o início tomei todas as decisões eu mesma. Antes do intercâmbio fiz amizade com algumas meninas que também iriam, mas mesmo assim tive muito medo em viajar sozinha, por ainda ter pessoas e países fortemente machistas”, relembra a jovem de 21 anos.
Rebeca sentiu um grande impacto durante seu intercâmbio voluntário, primeiro através do projeto porque as crianças eram muito carentes e dificilmente teriam contatos com pessoas de outros países, além de poder entender mais sobre igualdade de gênero, bullying e afins.
Em seu host (a casa de família que morou durante a viagem), era nítido o papel social da filha e do filho, e a intercambista teve a oportunidade de conversar com a família em busca de dar informações sobre igualdade. Por último, ela teve uma conversa muito bacana com o pai sobre transexuais e drag queens, coisa que considera um dos melhores momentos durante a viagem. “Talvez se eu não tivesse lá nesse momento, essas pessoas que moraram comigo nunca teriam conversas sobre atitudes machistas”, pontuou.
Agora que você conheceu a história dessas 4 mulheres incríveis que decidiram impactar o mundo e realizar sonhos, que tal se inspirar e fazer também seu intercâmbio com a AIESEC?
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Por Gabrielle Aguiar
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