Empoderamento feminino sempre foi um tema que precisou ser discutido no maior número de ambientes possível. Historicamente, mulheres são responsáveis por muitos dos principais feitos que ditam o funcionamento do planeta como o conhecemos hoje. Socialmente, milhões delas ainda não são reconhecidas por esses feitos.
Um dos principais fatores que tornam evidente a falta desse tipo de representatividade em ambientes atuais é o número de mulheres comandando empresas e projetos ao redor do mundo. Embora a AIESEC no Brasil tenha 59,2% dos cargos de liderança ocupados por mulheres, a situação na maioria dos países do mundo infelizmente ainda não é a mesma. Esse dado fica muito claro quando analisamos que, entre os dez CEOs mais ricos que existem, não há sequer uma representante feminina.
No geral, os grupos dispostos a discutir e reverter situações de desigualdade de gênero são, em sua maioria, compostos por adolescentes e jovens adultas. Isso significa que, embora o cenário atual seja menos degradante do que costumava ser algumas décadas atrás, as instituições que regem o funcionamento da sociedade mundial ainda são geridas por homens brancos e adultos. Enquanto a realidade for essa, a luta por equidade ainda será necessária.
A opressão não é igual para todas
Se você está lendo este texto, existe uma enorme possibilidade da sua luta feminista ser diferente daquela vivida por mulheres que, vítimas de uma sociedade patriarcal, não tiveram sequer acesso à educação básica para entendê-lo. O assunto se torna mais incômodo ainda quando percebemos que, além do tema ser extremamente recorrente na América Latina, sua abordagem é relevante para a população de todos os continentes.
Em 2019, o documentário indiano “Quebrando o Tabu” (tem na Netflix!) foi premiado com Oscar de Melhor Documentário de Curta Metragem. Em menos de 30 minutos, o filme conta sobre um projeto desenvolvido por mulheres de baixa renda, para mulheres de baixa renda, que visa produzir e distribuir absorventes para pessoas que não possuem acesso a esse recurso de higiene básica.
Surpreendentemente, a narrativa mostra que tanto os habitantes masculinos quanto grande parte das habitantes femininas da pequena cidade onde a produção tomou forma não faziam ideia do que eram aqueles pequenos pedaços de algodão. Essas pessoas nunca haviam tido acesso à uma explicação sobre o quão importante esse objeto pode ser para a higiene e bem-estar de uma mulher, e não é errado dizer que essa falta de informação é uma das várias consequências pelo descaso ao qual as cidadãs de países diversos são submetidas diariamente.
Como promover o empoderamento feminino?
Sentir vontade de ajudar o outro e não saber como é realmente um sentimento ruim, que se torna ainda pior quando é possível se identificar com alguém que se encontra sob estado de opressão. Buscando promover discussões e abrir portas para milhares de mulheres de todas as partes do planeta, a AIESEC oferece a jovens de 18 a 30 anos a oportunidade de realizar um intercâmbio voluntário, com foco em igualdade de gênero.
Compartilhando vivências e ouvindo as histórias que vão além da sua bolha social, contadas por pessoas que costumavam ser diretamente afetadas pelo machismo e pela violência, o programa busca impactar vidas femininas por meio da conexão entre intercambistas de diferentes realidades sociais e econômicas. Acreditamos que, criando um espaço seguro para que experiências negativas possam ser superadas, o aprendizado se torna enorme.