O que você pode aprender vivendo em uma nova cultura?

Fazer parte de uma nova cultura pode trazer inúmeros benefícios, como aprender ou desenvolver um segundo idioma, conhecer novos estilos de vida, formas de pensar distintas das quais estamos acostumados e fazer novas amizades com pessoas de diferentes experiências.

Assim, participar de um intercâmbio é uma maneira de ter um contato ainda mais próximo com outra cultura, podendo contribuir para o autoconhecimento, sabendo quais são seus limites, gostos, além de poder exercer mais a empatia.

Trouxemos três depoimentos dos nossos intercambistas pela AIESEC, Otacílio Gadelha, Leonardo Couto e Alissa Miyakawa que realizam ou realizaram projetos e contam como foi essa experiência, para qual país eles viajaram, qual projeto participaram, quais os maiores aprendizados que tiveram e dicas para quem quer fazer intercâmbio. 

Confira abaixo: 

Otacílio Gadelha:

O país que eu vim foi a Hungria, na cidade de Budapeste. Eu vim pelo programa Talento Global para trabalhar como service desk para a Tata Consultancy Services que é uma multinacional indiana. 

Os aprendizados são os melhores possíveis, você aprende a conviver com outras culturas (afinal só na empresa trabalham mais de 90 nacionalidades), a lidar com “o diferente” e passa a ter outra visão de mundo, além de poder confirmar se as coisas que você viu em filmes, séries e mídia, são verdades ou não.

Você aprende a ter mais empatia, principalmente porque você vê que sua cultura não é mais como se fosse a principal, você vê que é só mais uma dentre muitas que tem que ser respeitada e mostrada para todos.

As dicas que eu dou pra quem quer fazer um intercâmbio: focar no inglês, e de preferência também em outra língua. Você vai se comunicar em inglês na maior parte do tempo, então você tem que saber se expressar bem, não basta só saber o básico.

Se seu sonho é ir para um intercâmbio, sugiro também que aprenda um segundo idioma enquanto você economiza dinheiro, você vai levar no mínimo uns dois anos para aprender e nesse tempo você pode se planejar para fazer a mudança, porque não é um processo tão barato apesar de você estar vindo a trabalho.

No mais, eu recomendo a todos puderem que façam um intercâmbio, porque a gente aprende muita coisa e passa a ter outra visão do mundo. Tudo é muito intenso, é como se você vivesse 4 anos em 1. E no final é muito prazeroso.

Leonardo Couto:

Vim pelo programa Talento Global e trabalho como desenvolvedor junior na TCS de Chennai, capital do estado de Tamil Nadu e estou participando desse projeto com duração de 1 ano aqui na Índia.

Está sendo muito bom para mim, para a minha carreira, para a minha evolução cultural. Meu intercâmbio aqui na Índia está sendo uma experiência que eu jamais vivi na minha vida!

É muito boa e também muito louca, porque a cultura é muito diferente, mas o povo indiano abraça a todos, eles são muito humildes, acolhedores e ajudam na hora que você precisa.

Indico a AIESEC para todos que queiram participar de um programa a nível global. Acredito que é a melhor pedida para quem pode ter essa oportunidade de fazer intercâmbio, principalmente em países que são menos desenvolvidos do que o Brasil, porque você tem um grau de desafio na sua vivência que um país desenvolvido não pode te proporcionar.

Garanto que uma experiência em países asiáticos ou do continente africano são muito bons para você, para sua vida profissional e pessoal.

Recomendo a todo mundo vir e participar dessa jornada muito esclarecedora e muito boa para a vida e para a alma. Convido você para fazer parte desse projeto global em qualquer país, porque a experiência de intercâmbio de 6 meses a 1 ano, faz com que você realmente volte uma outra pessoa para o Brasil.

Alissa Miyakawa:

Fiz intercâmbio Voluntário Global com a AIESEC e eu fui para Rosário, na Argentina fazer um projeto vinculado ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 10 da ONU, que é sobre redução das desigualdades.

Meu projeto era fazer atividades recreativas com as crianças que frequentavam uma ONG chamada “La copa de leche”, que oferece alimentação para as famílias carentes da periferia.

Um grande aprendizado que eu tive no meu projeto foi que por mais que a gente saiba que existem pessoas passando fome no mundo, é diferente ter essa consciência dentro de casa e do nosso conforto e ter a consciência estando em contato direto com famílias em situações vulneráveis.

Uma grande dica que eu dou para as pessoas que fecham o voluntariado da AIESEC é: encarem com a mente aberta.

É um tipo de viagem diferente, por mais que a gente tenha tempo para turistar e conhecer a cidade, nós estamos lá pelo projeto. O intercâmbio voluntário da AIESEC tem um propósito muito forte e muito incrível por trás, mas para você aproveitar do jeito que se tem que ser aproveitado, tem que ir com a mente aberta, gostar de desafio, ter a consciência de que vai sair da sua zona de conforto e saber que é só fora dessa zona de conforto que a gente se desenvolve, principalmente como pessoa.

E aí? Curtiu os depoimentos dos nossos intercambistas? Você também pode ter a sua própria história para contar, clicando aqui para se inscrever agora mesmo nas nossas vagas. 

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