Se há alguns anos apenas pessoas com muita experiência de mercado eram consideradas para cargos de gestão, hoje os tempos são outros. As novas gerações estão ganhando espaço em um mercado cada vez mais dinâmico e volátil, e isso está transformando a cultura dos negócios por todo o mundo.
São inúmeros os exemplos divulgados de pessoas mais jovens comandando empreendimentos. Além da faixa etária, outros pontos que chamam bastante atenção são o nível de influência desses gestores, as responsabilidades assumidas e o tamanho das instituições.
Diante desse cenário, existem críticos e entusiastas que discutem vantagens e desafios de ser líder jovem. Ficou curioso? Então continue a leitura deste artigo e descubra algumas informações para que você possa refletir e tirar suas próprias conclusões. Acompanhe!
Quais são os objetivos de carreira da geração Y?
A geração Y é a grande protagonista do cenário de liderança jovem. Isso porque esse grupo de profissionais — também conhecidos como Millennials, isto é, pessoas nascidas entre 1985 e 1999 — está ganhando espaço em cargos de gestão nas organizações.
Essa geração viu a internet crescer e invadir a sociedade, e está acostumada a conexões rápidas e instantâneas com pessoas de qualquer hierarquia e de diversas partes do mundo. Tudo isso influenciou o modo de trabalhar desses jovens, bem como suas aspirações em relação ao mercado de trabalho.
Uma das marcas desses profissionais é a necessidade de estar perto das lideranças — ou de ser os próprios líderes. Eles não têm medo de falar com os gestores sobre as percepções e problemas da empresa, assim como dão sugestões de melhoria e, inclusive, querem ser protagonistas da implementação das próprias ideias.
Além disso, prezam pela autonomia e informalidade no ambiente de trabalho. Isso porque eles querem liberdade para inovar e criar um diferencial para a empresa, deixando a sua marca na organização.
No entanto, ainda restam alguns questionamentos: essa geração está pronta para assumir de fato a liderança de grandes organizações? Quais são as consequências da liderança jovem?
É exatamente isso que você vai descobrir agora!
A geração Y está pronta para a liderança?
Não existe uma resposta única para essa pergunta, uma vez que ela pode ser interpretada de inúmeras formas — de acordo com os critérios que você utiliza para classificar alguém como um bom líder.
Se você considera, por exemplo, que para ser um bom líder a pessoa precisa ter todas as qualificações e competências necessárias plenamente atendidas, então teríamos menos gestores do que vemos hoje. Isso porque liderança é uma competência que precisa ser desenvolvida, e que exige dedicação e vivência.
Isso significa que, independentemente de idade, histórico e vocação, todo profissional em posição de liderança precisa de algum tipo de capacitação e aprimoramento — o que acontece naturalmente em seu processo de ascensão.
Nesse aspecto, é importante ressaltar que ser líder não se trata, necessariamente, de ser um chefe. A figura do líder está muito mais voltada para a capacidade de influenciar e guiar outras pessoas do que de conquistar um cargo.
Sendo assim, para determinar se alguém está preparado para o posto, é necessário investigar se tal pessoa consegue reunir as qualificações exigidas.
No caso da geração Y, essas qualidades normalmente são encontradas logo no início. Porém, existem algumas lacunas que podem exigir energia e tempo para serem aprimoradas. O fato é que, de maneira precoce ou não, os jovens deverão mostrar sua capacidade de trabalho e liderança.
Quais são as vantagens de um líder jovem?
Existem diversas vantagens em contar com um líder jovem dentro da empresa. A seguir, descubra algumas delas.
Ausência de vícios
Um profissional que já trabalha há algum tempo em uma organização, inevitavelmente, acaba se acomodando à rotina e aos métodos utilizados. Dessa forma, ele sente certa dificuldade para inovar e acompanhar os avanços tecnológicos da sociedade.
Isso não é um problema, necessariamente, mas pode se tornar, caso o gestor não tenha disponibilidade ou força de vontade para sair da zona de conforto.
Porém, quando se trata de uma liderança jovem, a situação é outra. A falta de experiência faz com que a pessoa ainda não tenha determinados vícios de trabalho. Dessa forma, consegue se adaptar melhor à cultura da empresa e às novas demandas que o mercado exige das organizações da atualidade.
Grande capacidade para inovação
A falta de experiência também garante uma outra vantagem ao líder jovem. Por não ter muitas vivências, ele precisa ser mais criativo para lidar com situações e obstáculos que surgem durante o trabalho. Isso, alinhado à busca por novas ideias e aprendizado constante — características da geração Y —, resulta em soluções inovadores para o negócio.
Adaptabilidade às demandas do mercado
O mercado de hoje exige uma nova postura das empresas, e as lideranças jovens estão alinhadas à essa demanda. Isso porque elas cresceram nessa situação, apresentando um mindset moderno e coerente com as tendências atuais — e sempre em busca de atualizações.
Polivalência
Você já notou a quantidade de abas que um jovem é capaz de acessar de uma vez na internet? Também percebeu a capacidade que essas pessoas têm para lidar com inúmeras informações ao mesmo tempo? Tudo isso é reflexo da sociedade na qual essa geração cresceu, o que acaba criando um diferencial para esses profissionais.
Eles conseguem aprender mais em menos tempo, além de lidar com muitas demandas simultaneamente. Dessa forma, se tornaram polivalentes e desenvolveram uma visão global, que pode ser muito útil para o seu negócio.
Diferencial competitivo para o negócio
Com todo o potencial de inovação e criatividade do líder jovem, surge a oportunidade de criar um diferencial competitivo para a empresa ao contar com esse tipo de gestão.
Isso porque muitas organizações ainda são conservadoras em relação a esse aspecto, confiando a liderança apenas àqueles profissionais que já têm mais tempo de casa. Portanto, ao investir em um jovem líder, o negócio se adapta melhor às necessidades do mercado e pode sair na frente da concorrência.
Quais são as desvantagens de um líder jovem?
Porém, não só de vantagens a liderança jovem é feita. Alguns críticos também apontam desvantagens nessa situação. Conheça agora algumas delas.
Falta de maturidade e experiência
Essas características não são proporcionais ao tempo de vida de uma pessoa. Trata-se de questões muito mais ligadas à vivência em certos momentos e à forma de assimilar o conhecimento proporcionado.
Dessa forma, algumas situações que exigem esse tipo de conhecimento, mais relacionado à prática profissional do que à teoria, podem ser desafiadoras para o líder jovem.
Dificuldade de lidar com outras gerações
Os líderes jovens também podem apresentar dificuldades na hora de lidar com outras gerações. Isso porque cresceram em um ambiente totalmente diferente e tomado por conexões virtuais e instantâneas.
Portanto, diante de uma situação de conflito, perdem a paciência mais rapidamente e acabam por não demonstrar tanta maturidade. Nada que não possa ser trabalhado, mas o desenvolvimento dessa competência exige esforço e capacitação.
De toda forma, esses aspectos, se observados como reais carências, evoluirão de forma positiva à medida que o líder perceber suas fraquezas ou tiver assistência para trabalhá-las.
Tendência a impulsividade
Não é só na relação com pessoas de outras gerações que o líder jovem tende a ser impulsivo. Isso pode ser observado em diversas outras situações nas quais ele precisa tomar uma decisão.
Isso porque a geração Y está acostumada a correr riscos e dar o melhor para atingir os objetivos propostos. Porém, isso nem sempre dá certo, e é preciso arcar com as consequências.
Como vencer os desafios?
Diante desse cenário, é importante entender que a liderança jovem veio para ficar. Dessa forma, apesar das desvantagens, a criação de estratégias inovadoras e eficientes de capacitação desses novos profissionais é essencial para que a empresa se mantenha competitiva no mercado e aproveite todos os benefícios que a geração Y tem a oferecer.
Assim como todas as outras, essa geração herdará toda a responsabilidade de prosseguir com o avanço e a sustentação do modelo social, bem como das inovações tecnológicas, científicas e culturais.
Essa transição deve ocorrer de maneira natural e planejada, evitando o famoso choque de gerações. Dessa forma, hoje podem ser observadas várias iniciativas que já mostram resultados palpáveis, de aplicação prática consistente.
O coaching e os programas de liderança, ou mentoring, além de outras iniciativas de gestão de pessoas, são algumas dessas práticas. O objetivo principal é preparar ou ajudar a lapidar o que é necessário para os jovens atingirem um nível satisfatório enquanto líderes.
Nesse processo, algumas características mais marcantes serão utilizadas como vantagens — e alguns desafios devem ser enfrentados. Portanto, como você pode perceber, as empresas da atualidade apresentam desafios muito diferentes dos de alguns anos atrás.
Nesse cenário, ainda surge a figura do líder jovem com diversas contradições em relação à visão dos outros profissionais sobre esse processo. Porém, a liderança jovem é uma realidade, e é preciso que as organizações ampliem os conhecimentos sobre a geração Y e entendam como lidar com a gestão desses profissionais.
Você enxerga mais vantagens ou desafios em ser líder jovem? Ainda tem dúvidas ou gostaria de compartilhar experiências a respeito do assunto? Então deixe um comentário. Queremos saber qual é a sua opinião!