Plano de carreira na AIESEC: confira a entrevista com Fernanda Pires

A AIESEC, tanto para quem trabalha na organização quanto para quem realiza os programas de intercâmbio, pode ser uma porta de entrada para o mercado de trabalho e para conquistar o conhecimento pessoal e profissional. A organização é mundial e ela, por si só, oferece plano de carreira que vai além de escritórios locais, como é o caso da Fernanda Pires Bichuette, que embarcou em um cargo remunerado em Portugal. 

Acompanhe toda a entrevista com a jovem, que também falou sobre ser mulher e empoderada! 

Qual sua profissão atualmente? 

Tech Recruiter, na Loggi.

Por quais cargos você já passou dentro da AIESEC?

VP TM (Diretor de Gestão de Talentos) e LCP (Presidente do Comitê Local) da AIESEC em Bauru;

Steering Team (Time de estratégias nacionais) , NST TM (Time Nacional de Suporte) e IR (Time Nacional de Relações Internacionais) da AIESEC no Brasil;

MC VP TM (Diretor Nacional de Gestão de Talentos) da AIESEC em Portugal;

MC VP OD (Diretos Nacional de Desenvolvimento Organizacional) da AIESEC em Portugal.

Como a AIESEC te ajudou a se desenvolver profissionalmente?

Acho que o mais legal da AIESEC é que ela ensina a gente, desde cedo, a trabalhar. Pode parecer bobo, mas quando a gente chega no mercado de trabalho a gente vê que mais da metade das pessoas não aprenderam a dedicar horas do dia ao trabalho, priorizar tempo e tarefas, se relacionar em time, ouvir um feedback, entre outras coisas. Fico extremamente feliz que entrei no mercado de trabalho preparada em relação a isso.

Qual ou quais skills (hard/soft) você desenvolveu na AIESEC que foi crucial para a sua jornada no mercado de trabalho?

Acho que de hard skills foram todas as ferramentas e ações relacionadas a recrutamento, onboarding, comunicação interna e sistemas de reconhecimento. Em relação a soft skills, foram gestão de tempo, prioridade, comunicação-não-violenta e gestão de equipes.

Qual foi o maior desafio que enfrentou no mercado de trabalho?

Quando a gente chega nele, o propósito muda. Não lutamos mais para atingir a paz e o preenchimento. Fazer esse shift mental e entender que as pessoas trabalham por motivações muito mais egoístas foi desafiador. 

Qual foi o gatilho mais atrativo para você ter ido trabalhar em Portugal?

No momento em que estive lá, foi ter uma experiência de trabalho internacional. 

plano de carreira na AIESEC
Fernanda e seu time, na AIESEC em Portugal/ Imagem: Arquivo pessoal da Fernanda

Como está o mercado de trabalho de Portugal em relação ao brasileiro?

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Atualmente, qual seu maior sonho?

Pode parecer abstrato, mas é ter um presente e futuro em paz. Acho que a gente vai ressignificando o que faz a gente feliz com o tempo. Eu vejo hoje que estar em paz com o mundo e comigo mesma é o que mais importa pra eu me sentir bem, feliz e realizada.

Já sentiu algum preconceito ou assédio no mercado de trabalho? (Tanto em Portugal quanto no Brasil, uma comparação).

Já senti, em Portugal. O brasileiro e a mulher brasileira ainda são mal vistos por uma parcela da sociedade. E isso machucou bastante. É difícil a gente ser julgado por ser quem é, né?

Já sentiu dificuldade em algum momento da sua carreira profissional por ser mulher?

Com certeza. Em muitos momentos, na vida pessoal e profissional, parece que a nossa opinião tem um peso a menos, né? 

Que mulher você é hoje?

Me considero uma mulher bastante realizada, que encontrou seu lugar no mundo – pessoal e profissionalmente – e está no caminho de atingir as coisas que deseja.

Complete a frase: Eu me considero uma mulher….

Eu me considero uma mulher ambiciosa, disciplinada e com muita vontade de fazer bem pro mundo. E o mais legal: uma mulher livre, que não se importa com os padrões que a sociedade pode me impor.

Você tem alguma dica para as mulheres que estão começando agora?

Vá em frente. Não se deixe calar. Estude bastante e entenda que sua vida e carreira são seus bens mais preciosos. Não se deixe levar por estereótipos. ” A mulher é mais sensível, precisa estar em cargo x ou y…”. Não. A mulher vai estar onde ela estudou e se esforçou para estar. 

A Fernanda também realizou um Intercâmbio Voluntário para a Índia, no ano de 2014,  complementando ainda mais sua experiência e podendo ter contato com outra cultura.

Fernanda em seu intercâmbio na Índia/ Imagem: Arquivo pessoal da Fernanda

Inscreva-se e viva essa experiência!

Texto escrito por: Caroline Roxo

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